"Há tempo para plantar. Há tempo para colher" (RC)

 
"Há tempo para plantar. Há tempo para colher"
 
OK.
A gente ouve isso "toda hora".
Mas e'  preciso também saber a HORA CERTA para um e outro. Tao "logico" para a vida do Agricultor, e tao "obvio" para nos, seres viventes, não?
 
Pois foi diante da "hora" que (já contei, não foi?) - aos poucos - recentemente fui entrando numa reavaliacao pessoal, social e familiar.
 
Registro o fato aqui, mais uma vez, em respeito aos meus amigos e leitores, que possam ter sentido falta de noticias, ou das minhas historias, minhas letrinhas, ou daqui da Tailândia!
 
Fato e'  que andei plantando na hora impropria, e perdi algumas sementes.
Aconteceu que mesmo algumas delas, as sementes, tenham crescido e tenham recebido do melhor adubo e vitaminas, como tinham sido plantadas na "época errada", não frutificaram... não aquentaram o mau tempo, os ventos, as chuvas atemporais e o sol escaldante. Vieram a óbito...
 
Quando me dei conta, sozinha, no meio da Plantacao, olhando para Norte-Sul-Leste-Oeste, percebi que tinha errado e era preciso reparar o que fosse possivel...
 
Olhando para la e para cá, vi que donde eu não andava ja' fazia algum tempo, as ervas daninhas e uma chuva de gafanhotos haviam destruído parte do que fora plantado. Fortunamente, ali havia prestado mais atencao a época do ano favorável ao Tipo de Grãos escolhidos, havia providenciado uma boa aragem, um bom preparo do solo.
Em tempo corri e com uma boa borrifada do melhor fertilizante disponível, tudo voltou a crescer forte e firme, para uma bela Colheita.
 
Mas não foi assim a todo canto, e houve onde eu precisei me conformar, sentar a beira do que restou e chorar. Obviamente não culpei os grãos, ou o vento, ou aos cães que por ali ainda deixavam seus dejetos, e as moscas que dos dejetos se alimentavam.
 
Noutro canto, um especial terreno que eu havia arado e preparado cuidadosamente e cujas Sementes ainda estavam frescas na minha mão - nao seriam, certamente, lançadas ao vento e a sorte no Terreno!
Nele, ali, quieta, num delicioso silencio, depositei-as lentamente nos buraquinhos que eu mesma preparei (uma a um) na terra ainda fofa. Desse Campo, aguardo ansiosa por muitas cores, flores, frutos, odores, pássaros e borboletas. Se tiver que haver as larvas ou as pragas, que eu esteja la', atenta, com a ferramenta e o remedio certo na mão, a cuidar e curar.
 
Sim, tambem houve aquele canto que não podia mais esperar: precisei logo colher! Houve o que pude comer e dar de comer, o que com ele pude enfeitar meu cabelo e decorar meu lar, mas houve o que ja' tinha suas raízes enfraquecidas... para estas eu tive que decidir rapidamente, usar meu instinto e escolher uma aqui e outra ali, e dar-lhes estacas novas, para-ventos... e confiar... ver se querem mesmo estar ali. O cuidado, a atencao, o alimento e a vitamina, eu posso garantir. Mas nada mais...
Estou na torcida, acreditem, para que o Grão plantado há tanto tempo vingue, se recupere e sobreviva a este tempo ruim, quando eu não estava perto nem atenta, quando um ARCO-IRIS enfeitiçou-lhes e, distraídos, esqueceram que não bastava eu querer que tudo desse certo e para sempre, mas que também dependia deles usufruir do que a Terra lhes trazia, para que rompessem as cascas, que rompessem o Solo, que na luz do Sol e no frescor da Lua fossem ficando cada vez mais fortes e firmes, dando flores e frutos... talvez uma sombra fresca onde eu tomaria meu cafe' e escreveria o meu próximo Post...
 
Ah! O que ficou no chão? O que não vingou? O que os bichos comeram ou sobre eles deixaram seus excrementos? Catei tudo, devagar, pensando quão bom usa-los como Adubo!
O que ja' estou fazendo! E o que ja' esta'  funcionando!
(RC)

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